Por que uma simples conversa poderá melhorar o ambiente em sua sala de aula

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Nós professores temos o péssimo hábito de acharmos que nossos alunos estarão conectados com nossos pensamentos, muitas vezes perdemos a chance de evitar determinados acontecimentos por pura falta de diálogo.

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Por isso amigo professor, não se deixe abater pela correria do dia a dia, pelo acumulo de obrigações que ao passar do tempo acaba distanciando você da sua turminha, tornando os diálogos impessoais e mecânicos.

Tenham sempre em mente que conversar não é perda de tempo e sim uma forma de prevenir mal-entendidos e comportamentos indesejados.

Venho através deste texto compartilhar algumas das minhas experiências para que possam através dos meus relatos perceber o quanto é necessário parar e conversar antes de qualquer ação.

Tesoura

Antes das conversas: corte de cabelo; brincando de espada; cortando o dedo do colega;

Depois das conversas: três anos sem incidentes com tesouras

Sim, é verdade! São três anos sem incidentes com tesouras, após dar início a metodologia do diálogo; como funcionou?

No primeiro dia do uso da tesoura sento-me junto às crianças para conversar e explicar qual a função daquela tesoura, pergunto se ela é igual ao do cabeleireiro, e eles, como ótimos observadores que são,  respondem que – não; pergunto se é uma espada, eles respondem que não, neste momento aproveito para enfatizar que não é para brincar como tal, explico que é para cortar papel e apenas para cortar papel, essa minha fala tem surtido efeito em três turmas seguidas, no entanto, sempre que vamos voltar a utilizar as tesouras, relembro-os da nossa primeira conversa é algo bem repetitivo, pois como já sabemos crianças precisam de rotina e de repetição, surpreendentemente eles vêm seguindo as minhas orientações.

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Entretanto vejam bem, por mais que haja conversa, é preciso ter a consciência de que se trata de crianças, por esse motivo devem ser observadas pelo professor e auxiliar, mas fica bem mais fácil quando as próprias crianças tem a consciência de suas ações.

Adesivos na agenda com as datas

Desde 2017 as agendas do sistema adotado pela escola, que atualmente trabalho, tem adesivos com os meses do ano, em 2017 tive muita dor de cabeça com isso, pois uma quantidade considerável de crianças arrancaram parte desses adesivos.

Nesses ano de 2018, segui a metodologia do diálogo, antes de entregar as agenda sentei em roda e explique para o que servia aqueles adesivos (marcar os meses na agenda), dessa forma, nem eles e nem ninguém poderiam mexer naqueles adesivos, apenas a professora (tia), já são 4 meses até o presente momento com todas as tabelas dos adesivos intactas. Sim eles não destacaram nenhum adesivo.

Comportamento fora da sala de aula

Uma das principais dores de cabeça de muitos professores é lidar com o comportamento das crianças fora da sala de aula, comigo não era diferente, só em pensar em passar muito tempo fora da sala isso já me causava calafrios, pois eles sempre chamavam a atenção de todos, assim como outros alunos, mas para nós professores os nossos é o que realmente importa, né!?

Daí comecei a reservar um tempo para explicar às minhas crianças como eu gostaria que elas se comportassem, sem correr, sem gritos, prestar atenção na apresentação do próximo, e sempre fazendo isso para que dessa forma nós criemos um hábito, da primeira vez nem todos fizeram o eu foi combinado na sala, mas ao chegar na sala era conversado sobre aquele determinado comportamento, porem ao criar uma rotina, sempre lembrando-os dos combinados, as crianças, até aqueles mais agitados, acabam entendendo e seguindo as orientações, torna-se um efeito borboleta, quanto maior o número de alunos que seguem os combinados mais os demais tendem a se espelhar neles.

Antes das conversas: saiam da sala sem controle, não prestavam atenção no que estava sendo apresentado pelas demais turmas.

Depois as conversas: saem da sala de aula com mais controle, tem consciência das orientações que devem ser seguidas, sentam e prestam atenção no que está sendo apresentado pelos alunos de outras turmas.

Utilizando esses exemplos, que são alguns dos que venho aplicando em minha sala de aula é que tenho tido êxito em muitos aspectos que em geral tem promovido dificuldades em grande parte de professores de educação infantil, é através do diálogo que tenho conseguido disciplinar minhas turmas sem torna-los distantes.

Você ficou com dúvidas? Gostaria de compartilhar alguma de suas experiências? Use os comentários abaixo para continuarmos a conversa.



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